domingo, janeiro 29, 2012


Um movimento de classe, um clube do povo! Avante p’lo Benfica!

As gentes começam a juntar-se nas imediações do estádio por volta das 15h. Abrem-se as malas dos carros: há leitão, há cabrito, há tachos de arroz, há batatas fritas de pacote, há sacos enormes de pão, há azeitonas, há queijo, há grades de cerveja a perder de vista, há garrafões de vinho. Há cachecóis e bandeiras do Benfica. As gentes comem e convivem. Já são quase 18h. Assam-se umas chouriças ao ar livre. Mais pão. Mais azeitonas. Alguém pergunta pelo leitão. Já foi todo. E o cabrito também. Mais cerveja. Mais vinho. Mais convívio e mais Benfica. Já são quase 20h. As gentes guardam os despojos do banquete novamente nas malas dos carros e encaminham-se para o Marcolino de Castro. É um mar de gente. Aquele estádio minúsculo nunca na vida poderá albergar tamanha multidão. Mas as gentes não entram. Centenas e centenas de aparelhos de rádio são ligados. As gentes cantam pelo Benfica e aplaudem. O barulho é ensurdecedor. Lá dentro, os vinte e sete sócios do Feirense também aplaudem a sua equipa. Os jogadores do Benfica não vêem ninguém de encarnado nas bancadas mas sentem-se como se estivessem perante 65 mil almas na Luz. Sim, o barulho é realmente ensurdecedor. Cá fora canta-se o hino do Benfica a plenos pulmões e vozes entarameladas pela cerveja e pelo vinho. Os jogadores arrepiam-se. Um funcionário do Clube Desportivo Feirense dirige-se à turba e, hesitante, a medo, pergunta: “Mas… Não vão entrar?” A família benfiquista ignora o homenzinho, prossegue com os cânticos de apoio e, algures, um cartaz é erguido: “Vão roubar para a puta que vos pariu!
Mais informação aqui.
(via
Vasco Ramos)

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O NOSSO FRAGA


A petição que pede a demissão do Cavaco Silva já ultrapassou as 35 mil assinaturas e o número de subscritores continua a aumentar a grande velocidade. As iniciativas de repúdio sucedem-se e o estado de espírito nacional já foi capaz de remeter o Presidente da República a uma espécie de clandestinidade, uma vez que a sua agenda terá que ser adaptada à raiva da população. Acabaram-se as aparições públicas. As vernissages vão ter que ser à porta fechada, com policiamento reforçado e feitas às escondidas do país. As declarações medidas ao milímetro por uma corte de especialistas. Cavaco está refém da sua própria ignomínia e o governo exposto quer à injustiça das suas medidas quer à sua insanável demagogia. Chegou a hora do outrora “integrado” no regime salazarista, deixar de vez a cena democrática. Ele tornou-se na metáfora do obscurantismo em que vivemos e a face mais visível de um regime que está fora de tempo.