Prédio tipico de Lisboa
Bailarinos (MNAC) - Estudos para os frescos da Gare Marítima (MNAC) - Adão e Eva (1936, Museu Abade de Baçal) - Auto-retrato (1948, CAM) - Retrato de Fernando Pessoa (1964, CAM).
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José de Almada-Negreiros nasceu a 7 de Abril de 1893, em S. Tomé e Príncipe, e morreu a 15 de Junho de 1970, em Lisboa. Órfão de mãe desde 1896, viajou para Lisboa com sete anos, indo viver para casa de uma tia materna. Frequentou os estudos primários e liceais em Lisboa, no Colégio Jesuítico de Campolide e no Liceu de Coimbra. No ano de 1912, participou no 1.º Salão do Grupo dos Humoristas Portugueses e, em 1913, sendo aluno da Escola Internacional de Lisboa (desde 1911), apresentou a sua primeira exposição individual, composta por 90 desenhos. Nesta escola conheceu Fernando Pessoa, com quem veio a editar, em 1915, a Revista Orpheu, juntamente com Mário de Sá Carneiro. A partir de então, tornou-se num dos principais representantes do movimento modernista, defendendo Amadeu de Sousa-Cardoso, quando da sua exposição em Lisboa, em 1916. No ano de 1917, juntamente com Guilherme de Santa-Rita, participou no projecto Portugal Futurista e escreveu o Ultimatum às Gerações Futuristas Portuguesas do Século XX. Entre 1919 e 1920, seguiu os estudos de pintura em Paris, redigindo textos e grafismos que viriam a ser célebres. Em 1925, estando em Lisboa, pintou um painel para o café A Brasileira do Chiado. Viveu entre 1927 e 1932 em Espanha, regressando depois para Portugal, onde se casou com a pintora Sara Afonso, de quem teve um filho, José Afonso de Almada Negreiros. Em 1938, Almada concluiu os vitrais para a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, cujo arquitecto fora Pardal Monteiro. Almada-Negreiros destacou-se como um artista e escritor multifacetado, cuja obra apesar de todas as sua diversas formas de expressão, é marcada por traços comuns, como a graciosidade e a irreverência.
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