sábado, janeiro 12, 2013

 

Francisco Metrass (1825-1861)

«O artista plástico Francisco Augusto Metrass nasceu a 7 de fevereiro de 1825 e morreu a 14 de fevereiro de 1861.
Seguiu a carreira artística, contrariando a vontade do pai que preferia vê lo prosseguir uma carreira no comércio. Em 1836 entrou para a Academia de Belas Artes de Lisboa, onde estudou com os mestres Joaquim Rafael e António Manuel da Fonseca. Em 1844 partiu para Roma onde teve como professores os pintores alemães Cornelius e Overbeck, que faziam parte do "Grupo dos Nazarenos", assim conhecidos porque se dedicavam especialmente à pintura religiosa. O primeiro quadro de Metrass com o título "Jesus acolhendo as crianças" foi realizado sob esta inspiração. Continuou a sua viagem por Itália, depois Paris, regressando a Lisboa onde realizou uma exposição nas salas da casa que ocupava no palácio dos condes de Lumiares a S. Roque. Não havendo qualquer reação do público ou da crítica, Metrass regressou a Paris e foi aí que, a partir de 1850, o seu talento começou a ser reconhecido, destacando se, então, não mais com temas religiosos, mas com a pintura histórica. O ano de 1856 trouxe lhe a consagração com um dos seus quadros mais célebres: Só Deus retrata uma cena do dilúvio, onde uma mulher, tendo nos braços uma criança, é arrastada pelas águas. No apogeu do seu talento, e depois de ter pintado uma grande obra histórica intitulada Camões lendo os Lusíadas, uma tuberculose não o deixou ir mas longe: em 1861, aos 36 anos, morreu na ilha da Madeira, deixando a sua obra incompleta».
 
 

Vieira Lusitano (1699-1783)





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Francisco Vieira de Matos, conhecido como Vieira Lusitano, foi o terceiro filho de Francisco Vieira de Matos (fabricante de meias) e de Antónia Maria. Frequentou a Quinta da Boa Vista (Carnide), onde funcionavam algumas academias literárias. Nessa quinta conheceu Inês Helena de Lima e Melo, que seria a sua mulher. Entretanto, em Lisboa estudou humanidades e pintura, talvez com André Gonçalves. No Paço Real, em 1711, conheceu o marquês de Fontes, D. Rodrigo Annes de Sá, que seria seu protector e que o levou para Roma, em 1712, inserido numa embaixada. Em Roma, teve aulas com Benedetto Lutti e Francesco Trevisani. Em 1719, regressou a Lisboa e ingressou na irmandade de S. Lucas, sendo contratado por D. João V. O casamento com Inês Helena teve a oposição da família da noiva, realizando-se em segredo, em 1720. A noiva foi enclausurada no convento de Santa Ana e o pintor acabou por rapta-la em 1728. Em 1732-1733 foi a Sevilha onde trabalhou para Filipe V e, em 1733, foi nomeado pintor régio de D. João V, passando a viver em Mafra, com a mulher. Recebeu a ordem de cavaleiro de S. Tiago, no ano de 1744. Abandonou a pintura em 1774, depois da morte da mulher, mas, em 1780, ainda foi nomeado director da Academia do Nu. Ingressou no convento do Beato a Xabregas, escrevendo uma autobiografia. Vieira Lusitano foi um pintor prolixo e correcto, seguindo o modelo clássico italiano.
 

Cristovão de Figueiredo (séc. XVI)


 


Deposição no Túmulo (1525-1535, MNAA) - Cristo Deposto da Cruz (c. 1530, Patriarcado, Lisboa) - Ecce Homo (1520-1530, MNAA)  - Santíssima Trindade (c. 1530, MNSR) - O Imperador Heráclio com a Santa Cruz ou Exalçamento da Santa Cruz (1522-1530, MNMC)
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Segundo a Infopédia: «Pintor do século XVI do qual se têm referências documentais de 1515 a 1643. Trabalhou a mando do cardeal-infante D. Afonso e celebrizou-se por pintar quadros sacros ricos em colorido e dramatismo. Influenciado pelas correntes estéticas florentinas e flamengas, trouxe para a pintura portuguesa uma opulência inusitada. Dos seus quadros destacam-se A Deposição de Cristo no Túmulo e A Invenção da Cruz (retábulo da Igreja de Santa Cruz), os retábulos do Infante Santo (Mosteiro da Batalha) e o de Ferreirim. Especializou-se na reconstituição dos passos da Paixão, onde os rostos ganham expressividade notável. Por isso, é considerado um dos melhores retratistas portugueses». 
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Cristóvão de Figueiredo. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-02-20]
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Cristovão de Figueiredo (died c.1540) was a Portuguese Renaissance painter. Like many other important painters of the time, was a pupil of Jorge Afonso, in Lisbon. He later worked together with Francisco Henriques, Garcia Fernandes and Gregório Lopes in executing various altarpieces in Lisbon. Between 1522 and 1533, worked in the Santa Cruz Monastery in Coimbra and, in 1533,  joined Garcia Fernandes and Gregório Lopes in painting altarpieces for the Monastery of Ferreirim, (near Lamego). Many of his paintings are now in the National Museum of Ancient Art (Lisbon) and the Machado de Castro Museum (Coimbra).