domingo, abril 22, 2012

CLAUDE MONET

Paris 1840 - Giverny 1926


Waterlilies, Green Reflection, Left Part, 1923

Orangerie, Jardin des Tuilleries, Paris, France
The White Nympheas,  1923-1926
Orangerie - Jardin des Tuilleries, Paris, France

Nympheas sky reflexion - 1923-1926
Orangerie - Jardin des Tuilleries, Paris, France



                      1880
                       1917

                   1860

                     1886
                         1920

                       1867

                      1901
                      1926

                      1874

Oscar Claude Monet, pintor francês, se sentia atraído pela luz e pela cor, em detrimento dos contornos; para ele, esses se originam da luz, que procurava captar em seus quadros.  
"DIA A DIA A COR É A MINHA OBCECAÇÃO, ALEGRIA E TORMENTO"


IMPRESSIONISMO

        Em 1872 Monet pintou a "Impressão do pôr-do-sol" (Impression: Soleil Levant - atualmente no Musée Marmottan, Paris) uma paisagem do Havre, exibida na primeira exposição impressionista de 1874.     
       O termo impressionismo surgiu de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy:
«“Impressão, Nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha.» .
        A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.
        Abaixo o quadro que motivou a expressão "Impressionismo" :




Impression; Soleil levant, 1874
Musée Marmottan, Paris, France
MARINAS
       
        Em 1870 Monet casou-se com Camille Doncieux,  que posou de modelo para o seu quadro Le Dejeuner sur l'herbe (the Picnic).           Da série de marinas que pintou nas cercanias de Le Havre,  três aqui se apresentam:
1ª - The Beach at Sainte-Adresse, 1867. A pintura é claramente delineada em três zonas horizontais: a praia, o mar, o céu.
2ª - The Beach at Trouville, 1870. A figura da esquerda é, provavelmente, a de sua esposa Camille. Esse é um dos poucos exemplares com figuras humanas na pintura de Monet.
3ª - Terrace at Saint-Adresse, 1867 - Uma outra marina em que aparecem figuras humanas. Observar a técnica usada para a pintura das ondas do mar e os barcos na linha do horizonte.


The Beach at Sainte-Adresse, 1867
Art Institute of Chicago, Chicago, Illinois, USA.

The Beach at Trouville, 1870
National Gallery, Londres, UK 

Terrace at Saint Adresse - 1867
Metropolitan Museum of Art, New York, USA
ARGENTEUIL

        De 1871 a 1878 Monet viveu em Argenteuil, uma cidade pequena à beira do Rio Sena, perto de Paris, onde pintou alguns dos quadros mais alegres e famosos do  movimento impressionista, dos quais aqui se vêem:
1º - Coquellicots (Poppies Near Argenteuil) 1873 - A paisagem é claramente estabelecida em duas zonas, o campo e o céu.
2º - The Bridge at Argenteuil, 1874 - A alternância entre pinceladas curtas indicativas das ondas e as de áreas maiores demonstram a flexibilidade e habilidade de Monet.
3º - The Highway Bridge at Argenteuil, 1874 - A destacar os quatro planos desta pintura: a água próxima, a água distante, o céu e os reflexos no movimento da água, além da visão da ponte. 


Coquellicots (Poppies Near Argenteuil) 1873
Musée d'Orsay, Paris, France

The Bridge at Argenteuil, 1874
Musée du Louvre, Paris, France
 
VÉTHEUIL
        Monet mudou-se para Vétheuil em 1878 onde viveu até 1883.  Em 1879 ali morreu sua esposa Camille Doncieux.
        Dois quadros ilustram essa sua estadia nessa cidade:
1º - The Artist's Garden at Vétheuil, 1881 - repleto de girassóis, seu jardim foi terraplanado da casa até o rio. A pintura abaixo apresentada é um dos quatro quadros que Monet pintou com a visão dos degraus e do jardim de girassóis.
2º - Route de Vétheiul en Hiver, 1879 - a notar as pinceladas vigorosas em tons e sobretons.
 

 The Artist's Garden at Vétheuil, 1881
Private Collection
 (The Norton Simon Foundation).
Route de Vétheuil en Hiver
1879
SÉRIES

        Entre 1891 e 1895 Monet se concentrou numa série de quadros nos quais pintava o mesmo motivo em horas diferentes do dia, sob diferentes reflexos de luz. As séries mais conhecidas são as Rouen Cathedral (1891-1895) e Hay Stacks (1890-91: 
1º - Rouen Cathedral - Full Sunlight, 1894), - Essa Catedral foi pintada 40 vezes, em várias estações do ano e horas do dia. É a série mais extensa de Monet.
2º - Hay Stacks (End of Summer), 1890-1891 - Entre o verão de 1890 e o inverno de 1891, Monet pintou cerca de 30 quadros com esse mesmo tema: feno empilhado num  campo perto de sua casa em Giverny.  

Rouen Cathedral - Full Sunlight - 1894
Musée du Louvre, Paris, France





Hay Stacks (End of Summer), 1890-1891
Art Institute of Chicago Chicago, Illinois, USA.

GIVERNY
1ª Fase - 1883-1922
       
         Em 1883,  Monet  mudou-se para Giverny, no sul da França, onde comprou um espaço em frente à sua casa e montou um jardim com uma ponte de estilo japonês sobre um pequeno lago, nenúfares e outras flores belíssimas. As pinturas desse jardim atestam sua fixação, durante os últimos anos de vida, com o reflexo e a refração da luz sobre a superfície da água, em variadas horas do dia e épocas do ano. Em 1892 Monet casa-se com Alice Hoschedé, que morre em Giverny em 1911.        
         
 
         A seguir  pinturas da primeira fase de Monet em Giverny, época em que sua visão foi se deteriorando devido à catarata.
1º - Poplars along the River Epte, Autumn, 1891 - Observar que água e flores foram  sempre os elementos  preferênciais de Monet.
2º - The Artist's Garden at Giverny, 1900 -  Canteiro de iris e o lago com reflexos ao fundo.
3º - Waterlilies (The Clouds), 1903 - Um dos quadros da série "Nympheas". Notar as nuvens refletidas na água.
4º - Waterlilies - 1905 - Efeito de luz e sombra na superfície da água.



Poplars along the River Epte, Autumn,1891
 Private Collection




The Highway Bridge at Argenteuil,  1874
National Gallery of Art, Washington, DC, USA
 


The Artist's Garden at Giverny, 1900
Musée d'Orsay, Paris, France.
Jordaens nunca visitou a Itália, nem tentou imitar o estilo italiano. Seu modo de ser leva-o para perto de Rubens, em cujo ateliê  trabalhou várias vezes. Jordaens adotou o estilo de Rubens, mas  não tinha a sua inexaurível fantasia. Mesmo os motivos religiosos e mitológicos são interpretados por ele como pintura de gênero, seus personagens são inspirados na natureza e tirados da vida cotidiana. Algumas vezes as pinturas de Jordaens parecem sobrecarregadas, com imagens volumosas, como em Allegory of Fertility.

Jacob Jordaens, artista flamengo, nasceu em Antuérpia, em 1593, numa família de comerciantes de linho. Foi aluno de Adam van Noort (desde 1607), com quem Rubens  estudou por algum tempo. Mais tarde, Jordaens casou com a filha de Noort, Catharina. Em 1615 ele se juntou à Corporação de São Lucas e, em 1621, tornou-se seu diácono.
Jordaens pintou temas religiosos, mitológicos e históricos, retratos e cenas de gênero, além de grandes e monumentais decorações. A princípio, marcado pela influência de Caravaggio, prevalecem as cenas noturnas com iluminação  a velas ou ao luar. A individualidade do jovem mestre foi revelada em composições gradiosas, onde várias imagens enchiam toda a superfície do quadro, mas onde faltava profundidade. Este método não mudou durante a vida do artista.  Talvez fosse o resultado de seu trabalho em cortinas, que ele desenhava, pintava sobre linho e que eram vendidas por seu pai.
O talento de Jordaens se revelava em pinturas em que buscava assunto no folclore. em fábulas, provérbios e contos. Os museus de Moscou, Kassel, Budapeste, Munique e Bruxelas têm variações do quadro The Satyr and the Farmer's Family, tendo uma fábula como enredo. Em 1634, sob a supervisão de Rubens, Jordaens e vários  outros pintores trabalharam numa grande encomenda de um magistrado de Antuérpia: as decorações para a visita do Príncipe Ferdinand à cidade.
Depois da morte de Rubens, Jordaens tornou-se o líder da escola de Antuérpia, executando inumeráveis encomendas para a Igreja e a corte entre 1640 e 1650, inclusive 22 quadros para o salão da Raínha Henrietta Maria, em Greenwich, trabalhos para as cortes da Escandinávia e da França.
Em 1650 o artista converteu-se ao Calvinismo, mas continuou a receber encomendas da Igreja Católica. Os pintores do seu ateliê cada vez adquirem maior importância, realizando trabalhos decorativos grandiosos e pomposos, e Jordaens gradualmente perde sua originalidade. O artista morreu em 1678 em Antuérpia.
Jacob Jordaens foi um dos grandes pintores barrocos flamengos, junto com Rubens e van Dyck.


1615-20 - Portrait of a Young Married Couple
Museum of Fine Arts, Boston, USA

1620-25 - The Four Evangelists
Musée du Louvre, Paris, France

1621 - The Family of the Artist
Museo del Prado, Madrid, Spain

 1638 - As the Old Sang the Young Play Pipes
Koninklijk Museum voor Schone Kunsten, Antwerp, Belgium

1638 - The King Drinks 2 
Musées Royaux des Beaux-Arts, Brussels, Belgium

 
Adoration of the Shepherds 
Mauritshuis, The Hague, Netherlands

 
 
 
 
 


Waterlilies (The Clouds), 1903

Private Collection

Waterlilies,  1903

Private Collection

2ª Fase - 1923-1926


     
         O período de 1907 a 1923 se caracterizou por uma dificuldade crescente de visão, embora Monet não tenha parado de pintar.
        Em 1923 Monet se submeteu a uma operação de catarata, o que lhe devolveu parcialmente a visão, e seu último trabalho foi a série "Nympheas", em 19 painéis, que é um hino à natureza em todo o seu esplendor. Esse trabalho foi doado à França, sendo instalado num espaço arquitetônico especialmente construído: Orangerie, Jardin des Tuilleries, em Paris. Abaixo, alguns exemplares dessa série:
 1º - Waterlilies, Green Reflection, Left Part, 1916-1923 -  Quadro da série  "Nympheas", pintada em horas variadas do dia para capturar os efeitos de luz existentes no Sul da França.  
2º - The White Nympheas, 1923-26 - Observar a ponte em estilo japonês.
3º -  Nympheas Sky Reflexion, 1923 - Um quadro que lembra o Waterlilies (The Clouds). A incidência de luz, numa outra hora do dia, o torna bem diverso.