Feira das Indústrias Portuguesas
A "AIP - Associação Industrial Portuguesa" foi fundada em 28 de Janeiro de 1837 em Lisboa, em conformidade com os estatutos aprovados pela Secretaria de Estado dos Negócios do Reino. Entre 1860 e 1886, denominou-se "Associação Promotora da Indústria Fabril", retomando em 1886 a designação de "AIP - Associação Industrial Portuguesa".
Antiga sede da "AIP - Associação Industrial Portuguesa"

Revista nº 1 "Indústria Portuguesa" da AIP Diploma de sócio da "Moagem Goya"

Além das pequenas exposições de 1861 e 1863 realiza, em 1887 a primeira "Exposição Nacional das Indústrias Fabris", evento que concentrou na actual Praça do Marquês de Pombal e Avenida da Liberdade, mais de 1200 expositores, dos quais 418 eram industriais da capital. No ano seguinte em 7 de Junho de 1888 promove a “Exposição Industrial Portugueza Com Uma Secção Agricola” ,
Em 1889, organiza a representação de Portugal na Exposição Universal de Paris, comemorativa da Revolução Francesa , para em 1929 organizar, no Estoril, a "Feira de Amostras da Indústria Nacional", preparativa da "Grande Exposição Industrial Portuguesa", realizada em 1932 no Parque Eduardo VII.
Entre 26 de Novembro e 18 de Dezembro de 1949, a AIP promove com a colaboração da "Associação Industrial Portuense", o 1º ciclo da "FIP - Feira das Indústrias Portuguesas", na praça do Império em Belém, onde estiveram representados sectores importantes da indústria portuguesa com cerca de 250 expositores. No ano seguinte realiza também em Belém entre 3 de Junho e 9 de Julho de 1950, o 2º ciclo da "FIP - Feira das Indústrias Portuguesas".
Cartaz de Fred Kradolfer

Publicidade à FIP em 1949

Feira das Indústrias Portuguesas (2º ciclo) em 1950
Pavilhão de Exposições de Belém

Stand da Tipografia Casa Portuguesa Stand da Sociedade Lusitana de Destilação

O edifício da "Feira das Indústrias de Lisboa" na Junqueira, projectado pelos arqitectos Keil do Amaral e Alberto Cruz, foi inaugurado em 26 de Maio de 1957 pelo Presidente da República General Craveiro Lopes. O complexo ia desde a Praça das Indústrias até à Cordoaria, delimitada pela Avenida da Índia e a Rua da Junqueira.
Podia-se ler num jornal vespertino desse dia: «(...) com efeito, o que está patente no antigo areal da Junqueira, onde ainda ontem cresciam cardos e os lagartos se regalavam ao Sol, é uma obra de prodígio que excede a escala habitual dos nossos empreendimentos».
Pavilhão Keil do Amaral da Feira Internacional de Lisboa na Junqueira


Novo edifício-sede da Associação Industrial Portuguesa inserido no complexo da FIL na Praça das Indústrias

Praça das Indústrias

Topo poente do complexo da FIL junto à Cordoaria

Nesse mesmo dia era inaugurado neste edifício o II Congresso da Indústria Portuguesa e o II Congresso dos Economistas Portugueses, realizados conjuntamente e aos quais presidiram não só o Presidente da República como o ministro da Presidência Prof. Marcello Caetano e o presidente da "AIP-Associação Industrial Portuguesa" Dr. Francisco Cortês Pinto.
O edifício da "Feira das Indústrias de Lisboa" (FIL), na altura, composto por duas grandes naves de exposição, respectivas galerias e uma zona ao ar livre para exposição de peças e máquinas de grande porte. Dispuseram-se stands de mais de 400 expositores, distribuídos pelas secções de borracha e derivados, calçado, couros e peles, electricidade, industrias químicas, indústrias alimentares, louças e vidros, material de escritório, materiais de construção, etc. e ainda as áreas do Ultramar. Foram expositores com presença de relevo: H. Vaultier, Laboratórios Barral, Sapec, Viúva Ferrão, Fábrica Portugal, Vinhos de Colares Visconde de Salreu, SEEL - Soc. de Equip. de Escritório, e a CUF - Companhia União Fabril.

Almoço do Dia do Cantoneiro em 1959 Pavilhão de Congressos

Jantar de nacionalistas a favor de Salazar em 1959

Num dos discursos inaugurais o prof. Marcello Caetano diria: «é preciso que todos os organismos corporativos da indústria, o Estado, os comerciantes, insistamos na educação dos consumidores, de maneira a extirpar da nossa mentalidade o doentio desdem pelos produtos nacionais, preteridos, quantas vezes por produtos estrangeiros que não são nem melhores, nem mais baratos.. Sempre que e adquire um produto da indústria portuguesa, de uma indústria em que está investido capital português e que emprega trabalhadores portugueses, está-se a contribuir para o progresso da riqueza nacional e, portanto, para que prossiga o desenvolvimento económico do país.»
Laboratórios das Farmácias Barral COPAM - Companhia Portuguesa de Amidos

Stand da Fábrica de Borracha Luso Belga

Instituto Pasteur de Lisboa Fábrica Santa Clara

Nestes mesmos congressos foi formalmente aprovada a necessidade de internacionalização da economia portuguesa, encontrando parte da sua concretização regular a partir de da "I Feira Internacional de Lisboa" que teria lugar entre 9 e 23 de Junho de 1960 por iniciativa da AIP. Em Outubro do mesmo ano a FIL seria admitida na "UFI - Union des Foires Internationales" (fundada em 1925) , durante um congresso realizado em Casablanca.
Este edifício integrou também dois auditórios com capacidade para 250 e 100 pessoas respectivamente e que se destinavam a acolher manifestações paralelas a feiras e exposições.
Stands da Cidla e da Sacor


Caixa de Previdência dos Técnicos e Operários Metalúrgicos e Metalo-Mecânicos em 1957


Em 1958 seria entregue a exploração do restaurante da "Feira das Indústrias de Lisboa" e logo no reveillon desse ano o seguinte anúncio:

Vista exterior do Restaurante da FIP

Como este restaurante se mantinha aberto todo ano independentemente dos eventos da FIP, tinha uma entrada independente para o exterior na Avenida da Índia como se pode observar na foto anterior.
Cartaz de Tomás de Mello

Nos anos de 1984 e 1985 são construídos os actuais pavilhões 4 e 5 com o objectivo de acolher exposições temáticas e aumentar a àrea exposicional da "Feira Internacional de Lisboa" (FIL). Em 1989 é finalizado o Pavilhão Polivalente, posteriormente designado auditórios do Complexo das Feiras, Centro de Congressos da FIL e actualmente "Centro de Congressos de Lisboa". Esta infraestrutura que contava com 4 auditórios e 5 salas de reunião, com utilização conjugada com os restantes pavilhões da FIL, constituiu um factor decisivo ao crescimento sustentado do turismo de negócios em Lisboa e acolheu os maiores e mais prestigiados eventos internacionais que se realizaram em Portugal nas duas últimas décadas.
Centro de Congressos de Lisboa


Actualmente a FIL está implantada no Parque das Nações desde 13 de Março de 1999, e o antigo edifício chamado de chamado de "Centro de Congressos de Lisboa", é utilizado para congressos, conferências, reuniões empresariais, festas, feiras, exposições e outros eventos, chamado de "Centro de Congressos de Lisboa". Este Centro conta com uma área de 30.000 m2 repartidos por 8 auditórios (de 1.700 a 125 pax), 5 pavilhões (de 3.800 a 1.000 m2), 34 salas de reunião, 4 foyers, um restaurante para 400 pessoas e dois parques de estacionamento com 1.100 lugares.

A "AIP - Associação Industrial Portuguesa" muda de designação em 1997 para "AIP - Associação Industrial Portuguesa / CCI - Câmara de Comércio e Indústria", em 2006, para "AIP - Associação Industrial Portuguesa / CE - Confederação Empresarial". Presentemente designa-se "AIP - Associação Industrial Portuguesa / Câmara de Comércio e Indústria", tendo como seu Presidente do Conselho Geral, o eng. Jorge Rocha de Matos

fotos in: Arquivo Municipal de Lisboa, Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Hemeroteca Digital, AIP, Marca das Ciências e das Técnicas, Retalhos de Bem-Fica, Fotolito
Antiga sede da "AIP - Associação Industrial Portuguesa"

Revista nº 1 "Indústria Portuguesa" da AIP Diploma de sócio da "Moagem Goya"


Além das pequenas exposições de 1861 e 1863 realiza, em 1887 a primeira "Exposição Nacional das Indústrias Fabris", evento que concentrou na actual Praça do Marquês de Pombal e Avenida da Liberdade, mais de 1200 expositores, dos quais 418 eram industriais da capital. No ano seguinte em 7 de Junho de 1888 promove a “Exposição Industrial Portugueza Com Uma Secção Agricola” ,
Em 1889, organiza a representação de Portugal na Exposição Universal de Paris, comemorativa da Revolução Francesa , para em 1929 organizar, no Estoril, a "Feira de Amostras da Indústria Nacional", preparativa da "Grande Exposição Industrial Portuguesa", realizada em 1932 no Parque Eduardo VII.
Entre 26 de Novembro e 18 de Dezembro de 1949, a AIP promove com a colaboração da "Associação Industrial Portuense", o 1º ciclo da "FIP - Feira das Indústrias Portuguesas", na praça do Império em Belém, onde estiveram representados sectores importantes da indústria portuguesa com cerca de 250 expositores. No ano seguinte realiza também em Belém entre 3 de Junho e 9 de Julho de 1950, o 2º ciclo da "FIP - Feira das Indústrias Portuguesas".
Cartaz de Fred Kradolfer

Publicidade à FIP em 1949


Feira das Indústrias Portuguesas (2º ciclo) em 1950
Pavilhão de Exposições de Belém

Stand da Tipografia Casa Portuguesa Stand da Sociedade Lusitana de Destilação


O edifício da "Feira das Indústrias de Lisboa" na Junqueira, projectado pelos arqitectos Keil do Amaral e Alberto Cruz, foi inaugurado em 26 de Maio de 1957 pelo Presidente da República General Craveiro Lopes. O complexo ia desde a Praça das Indústrias até à Cordoaria, delimitada pela Avenida da Índia e a Rua da Junqueira.
Podia-se ler num jornal vespertino desse dia: «(...) com efeito, o que está patente no antigo areal da Junqueira, onde ainda ontem cresciam cardos e os lagartos se regalavam ao Sol, é uma obra de prodígio que excede a escala habitual dos nossos empreendimentos».
Pavilhão Keil do Amaral da Feira Internacional de Lisboa na Junqueira



Novo edifício-sede da Associação Industrial Portuguesa inserido no complexo da FIL na Praça das Indústrias



Praça das Indústrias

Topo poente do complexo da FIL junto à Cordoaria

Nesse mesmo dia era inaugurado neste edifício o II Congresso da Indústria Portuguesa e o II Congresso dos Economistas Portugueses, realizados conjuntamente e aos quais presidiram não só o Presidente da República como o ministro da Presidência Prof. Marcello Caetano e o presidente da "AIP-Associação Industrial Portuguesa" Dr. Francisco Cortês Pinto.
O edifício da "Feira das Indústrias de Lisboa" (FIL), na altura, composto por duas grandes naves de exposição, respectivas galerias e uma zona ao ar livre para exposição de peças e máquinas de grande porte. Dispuseram-se stands de mais de 400 expositores, distribuídos pelas secções de borracha e derivados, calçado, couros e peles, electricidade, industrias químicas, indústrias alimentares, louças e vidros, material de escritório, materiais de construção, etc. e ainda as áreas do Ultramar. Foram expositores com presença de relevo: H. Vaultier, Laboratórios Barral, Sapec, Viúva Ferrão, Fábrica Portugal, Vinhos de Colares Visconde de Salreu, SEEL - Soc. de Equip. de Escritório, e a CUF - Companhia União Fabril.

Almoço do Dia do Cantoneiro em 1959 Pavilhão de Congressos


Jantar de nacionalistas a favor de Salazar em 1959

Num dos discursos inaugurais o prof. Marcello Caetano diria: «é preciso que todos os organismos corporativos da indústria, o Estado, os comerciantes, insistamos na educação dos consumidores, de maneira a extirpar da nossa mentalidade o doentio desdem pelos produtos nacionais, preteridos, quantas vezes por produtos estrangeiros que não são nem melhores, nem mais baratos.. Sempre que e adquire um produto da indústria portuguesa, de uma indústria em que está investido capital português e que emprega trabalhadores portugueses, está-se a contribuir para o progresso da riqueza nacional e, portanto, para que prossiga o desenvolvimento económico do país.»
Laboratórios das Farmácias Barral COPAM - Companhia Portuguesa de Amidos


Stand da Fábrica de Borracha Luso Belga


Instituto Pasteur de Lisboa Fábrica Santa Clara


Nestes mesmos congressos foi formalmente aprovada a necessidade de internacionalização da economia portuguesa, encontrando parte da sua concretização regular a partir de da "I Feira Internacional de Lisboa" que teria lugar entre 9 e 23 de Junho de 1960 por iniciativa da AIP. Em Outubro do mesmo ano a FIL seria admitida na "UFI - Union des Foires Internationales" (fundada em 1925) , durante um congresso realizado em Casablanca.
Este edifício integrou também dois auditórios com capacidade para 250 e 100 pessoas respectivamente e que se destinavam a acolher manifestações paralelas a feiras e exposições.
Stands da Cidla e da Sacor



Caixa de Previdência dos Técnicos e Operários Metalúrgicos e Metalo-Mecânicos em 1957




Em 1958 seria entregue a exploração do restaurante da "Feira das Indústrias de Lisboa" e logo no reveillon desse ano o seguinte anúncio:

Vista exterior do Restaurante da FIP

Como este restaurante se mantinha aberto todo ano independentemente dos eventos da FIP, tinha uma entrada independente para o exterior na Avenida da Índia como se pode observar na foto anterior.
Cartaz de Tomás de Mello

Nos anos de 1984 e 1985 são construídos os actuais pavilhões 4 e 5 com o objectivo de acolher exposições temáticas e aumentar a àrea exposicional da "Feira Internacional de Lisboa" (FIL). Em 1989 é finalizado o Pavilhão Polivalente, posteriormente designado auditórios do Complexo das Feiras, Centro de Congressos da FIL e actualmente "Centro de Congressos de Lisboa". Esta infraestrutura que contava com 4 auditórios e 5 salas de reunião, com utilização conjugada com os restantes pavilhões da FIL, constituiu um factor decisivo ao crescimento sustentado do turismo de negócios em Lisboa e acolheu os maiores e mais prestigiados eventos internacionais que se realizaram em Portugal nas duas últimas décadas.
Centro de Congressos de Lisboa


Actualmente a FIL está implantada no Parque das Nações desde 13 de Março de 1999, e o antigo edifício chamado de chamado de "Centro de Congressos de Lisboa", é utilizado para congressos, conferências, reuniões empresariais, festas, feiras, exposições e outros eventos, chamado de "Centro de Congressos de Lisboa". Este Centro conta com uma área de 30.000 m2 repartidos por 8 auditórios (de 1.700 a 125 pax), 5 pavilhões (de 3.800 a 1.000 m2), 34 salas de reunião, 4 foyers, um restaurante para 400 pessoas e dois parques de estacionamento com 1.100 lugares.

A "AIP - Associação Industrial Portuguesa" muda de designação em 1997 para "AIP - Associação Industrial Portuguesa / CCI - Câmara de Comércio e Indústria", em 2006, para "AIP - Associação Industrial Portuguesa / CE - Confederação Empresarial". Presentemente designa-se "AIP - Associação Industrial Portuguesa / Câmara de Comércio e Indústria", tendo como seu Presidente do Conselho Geral, o eng. Jorge Rocha de Matos

fotos in: Arquivo Municipal de Lisboa, Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Hemeroteca Digital, AIP, Marca das Ciências e das Técnicas, Retalhos de Bem-Fica, Fotolito