CUF - Companhia União Fabril
Alfredo da Silva, o maior industrial português do século XX, nasceu em Lisboa a 30 de Junho de 1871, e filho do comerciante Caetano Isidoro da Silva e de Emília Augusta Laymée Ferreira. Foi estudar para França até que a morte do pai, em 1885, o obrigou a regressar a Portugal.
Alfredo da Silva (1871-1942)
Matriculou-se no Curso Superior de Comércio. Em 1890, com apenas 19 anos, Alfredo da Silva tornou-se gestor da herança da família. Três anos mais tarde, já era administrador da "Companhia Aliança Fabril "(CAF) e do "Banco Lusitano".
A “Companhia Aliança Fabril” tinha sido constituída no final de 1880, com sede em Lisboa, por iniciativa do "Banco Lusitano", que tinha nas suas mãos uma fábrica de óleos, sita em Alcântara, cujo proprietário entregara como liquidação de uma dívida. O objecto social preconizado nos estatutos não se restringia à produção de óleos, pretendendo os seus fundadores alargar a actividade ao fabrico de sabão e estearina. Para esse efeito, a companhia aumentou as suas instalações em 1883, passando o complexo fabril a ser posteriormente conhecido por Fábrica Sol. Estas eram as maiores empresas da indústria química da década de 1880.
Em 1894 casa-se com Maria Cristina de Resende Dias de Oliveira, e tiveram apenas uma filha, Amélia de Resende Dias de Oliveira da Silva, que viria a casar com D. Manuel Augusto José de Mello, filho do Conde do Cartaxo.
Aos 26 anos, concebeu um projecto audacioso: a fusão da sua empresa, a CAF, com a CUF. Era uma questão de sobrevivência: ambas as companhias viviam com severas dificuldades. A 22 de Abril de 1898 foi formalizada a constituição da nova CUF, que doravante produzia sabões, velas e óleos vegetais e viria a tornar-se um gigante da indústria, ao iniciar em Portugal a produção de adubos em grande escala.
1907
Três logotipos da CUF ao longo da sua existência
Alfredo da Silva decerto desconhecido da maioria dos habitantes de Lisboa que depois de convidado pelos administradores da "Carris - Companhia Carris de Ferro de Lisboa" a realizar viagens a cidades europeias com fim de fazer estudos sobre a aplicação da tracção eléctrica na empresa, devido aos seus relatórios com pareceres favoráveis á instalação da tracção eléctrica, que se procedeu a electrificação, das linhas da Carris, e a consequente substituição da tracção animal ("Americanos" ) pelos Eléctricos.
Instalações iniciais da CUF no Barreiro
"Fábrica União" em Alcântara, Lisboa
A “Companhia União Fabril” (CUF) fundada em 1865, com sede em Lisboa, dedicava-se, principalmente, à produção de sabão, velas de estearina e óleo e massa de purgueira. A sua unidade industrial, localizada em Alcântara, fora montada em 1857 pelo Visconde da Junqueira. Em 1881, a “Fábrica União”, como era conhecido o estabelecimento fabril, empregava 133 trabalhadores, ficando a 6 trabalhadores de integrar a lista das 50 maiores empresas para aquele ano. O valor das suas vendas foi de 211 contos em média para o período entre 1877 e 1880, superior ao valor mínimo verificado entre as empresas pertencentes à lista das 50 maiores. Só se conhece o valor do seu activo para o início da década de 1890, altura em que esse agregado estava valorizado em cerca de 456 contos.
Em 1892, devido à falência do "Banco Lusitano", principal accionista da "CAF - Companhia Aliança Fabril", instalou-se uma crise na referida companhia. Alfredo da Silva, como membro do grupo de novos directores, empossados para gestão da massa falida do referido banco, e como seu pequeno accionista, resolveu investir nesta firma. A coerência da sua actuação valer-lhe-á a eleição, em 1893, para director substituto. Entre várias medidas importantes de modernização e reforma de instalações, ressalte-se a criação em 1893-1894, de um laboratório químico na "Fábrica Sol" para aperfeiçoamento dos fabricos, mediante controlo de qualidade de matérias-primas e produto acabado. Mesmo assim, a acirrada concorrência no mercado afligiu as perspectivas de recuperação para a companhia que se debate com dificuldades. Como em 1898, um violento incêndio provocou danos graves nas instalações da "Fábrica Sol", este facto deixou ainda mais debilitada a situação e precipitou a fusão com a CUF, empresa vizinha e concorrente no sector.
Alfredo da Silva em 1902
A “Companhia União Fabril” estava em plena expansão e era necessário encontrar um local para instalar novas unidades fabris. Alfredo da Silva escolheu o Barreiro e em 1907, compra um lote de terreno à família Bensaúde, na Lezíria - entre a Praia Norte do Barreiro e a Praia dos Moinhos no Lavradio -, para aí começar a construir nesse mesmo ano as fábricas da CUF no Barreiro.
Em 1908 começa a produção de ácidos, com uma unidade de transformação de óleo de bagaço de azeitona para fabrico de sabões, que emprega cerca de 100 operários. No ano seguinte entra em laboração a primeira fábrica de Ácido Sulfúrico e Superfosfatos para produção de adubos. Nos anos seguintes a indústria não pára de crescer, transformando a paisagem ribeirinha e o Barreiro no maior centro fabril do País. No final do anos 50 do século XX trabalhavam na CUF mais de 8.000 operários.
A pequena vila à beira do Tejo nunca mais viria a ser a mesma. De resto a empresa veio a espalhar várias fábricas pelos país, empregando 16 mil empregados ao todo. O lema da CUF era «O que o país não tem, a CUF cria».
Início da CUF no Barreiro
Apercebendo-se de que era necessário sacaria adequada para a comercialização dos adubos decide comprar a "Fábrica de Tecidos Aliança", levando a sua maquinaria para o complexo do Barreiro, iniciando-se assim a CUF no fabrico de tecidos de juta e linho.
Em 1909 a CUF adquire no Porto, a fábrica de sabões e velas "Monteiro Santos e Cª" no Freixo, para desta forma a empresa poder abastecer o norte e o centro do país.
Máquinas de juta
Por volta de 1910, o complexo do Barreiro é já um grande centro fabril: fábrica de ácido sulfúrico, fábrica de adubos e armazenagem de superfosfatos, edifício para laboratórios, escritório técnico, armazém de aparelhos eléctricos e carpintaria; dois edifícios para armazéns de jutas, linhos, tecidos e sacos; fábrica de acido clorídrico, edifício da casa do guarda; edifícios para habitações e posto médico, bairro operário; edifícios para a fábrica de tártaros, armazém de azeite filtros e instalações de aquecimento no armazém respectivo.
Companhia Industrial Portuguesa, na Póvoa de Sta. Iria, integrada na CUF
Em 21 de Fevereiro de 1911, é criado o "Corpo de Bombeiros da Companhia União Fabril", três anos após a entrada em funcionamento da primeira unidade fabril do referido complexo (19 de Setembro de 1908). Este corpo de bombeiros chegou a dispor de dois quartéis equipados com modernos equipamentos para incêndios e saúde.
Quartel dos Bombeiros Final de exercícios
Auto-Maca da CUF em 1940 Auto-Bomba da CUF de 1940
A "Companhia União Fabril", à data da 1ª Guerra Mundial, era a terceira maior empresa industrial portuguesa em termos de força laboral; dava trabalho a mais de 2.000 trabalhadores, ou seja, 16 vezes mais do que empregava no princípio da década de 1880. A companhia era proprietária de seis estabelecimentos fabris, situados predominantemente na zona de Lisboa, outros encontravam-se implantados no Porto e no centro do país, mais concretamente em Abrantes.
"Fisipe - Fibras Sintéticas de Portugal" criada em 1973
Barreiro confundia-se com a CUF e a CUF com o Barreiro. Só nestas instalações trabalharam cerca de 6.000 trabalhadores, os quais tinham habitação em bairros construídos propositadamente para eles pela empresa.
«Alfredo da Silva era tão avaro a aumentar ordenados e melhorar condições de trabalho como pródigo a incrementar a “obra social” que casava os trabalhadores com a CUF, ali trabalhando, ali vivendo, ali abastecendo-se, ali indo ao médico, ali lhes nascendo os filhos que depois ali iriam à escola, ali frequentando o grupo desportivo da empresa, ali desenvolvendo o espírito de casta de pertencerem à “família CUF” membros simbólicos de uma “aristocracia operária” em país de ditadura e trabalho incerto e mal pago.»
Cinema - Ginásio Cooperativa
Escola Primária Refeitório
Estádio de futebol Bairro operário
Em 15 de Julho de 1919 é criada a empresa "Sociedade Geral de Comércio e Transportes" e mantinha as ligações entre o norte da Europa, Portugal e as ex-colónias, para o transporte de matérias primas necessárias e de produtos saídos das unidades fabris da CUF. Foi das mais importantes empresas de navegação de Portugal tendo possuído 57 navios até 1972, além da sua frota de rebocadores.
«Costeiro» (1922-1959)
1953
«Rita Maria» (1952-1978) último navio a ser abatido ao efectivo já pertença da CNN
Neste mesmo ano de 1919 em Novembro Alfredo da Silva sofre um atentado ao entrar no seu automóvel à porta do seu palacete em Santa Catarina. Pode-se ler no texto da página seguinte da revista "Ilustração Portuguesa": «Geralmente os populares não são bolchevistas nem compreendem o crime como um ideal»…
Instalações fabris no Barreiro nos anos 70 do século XX
Em 1937, a CUF entra no ramo da construção e reparação naval, após ter ganho a concessão do estaleiro da Rocha do Conde de Óbidos, propriedade da Administração Geral do Porto de Lisboa com a designação de "CUF - Estaleiros Navais de Lisboa, SARL" . A partir de 1957 passam-se a designar-se "Navalis - Sociedade de Construção e Reparação Naval, SARL" e que iria estar na génese da grande "Lisnave - Estaleiros Navais de Lisboa SARL" constituída em 11 de Setembro de 1961 e cujos estaleiros na Margueira foram inaugurados em 23 de Junho de 1967.
Estaleiros da CUF na Rocha do Conde de Óbidos
"Navalis" ex- "CUF - Estaleiros Navais de Lisboa", num anúncio de 1962
Edifício sede na Av. 24 de Julho em Lisboa
Na vertente da saúde a CUF inaugura em 1945 o "Hospital da CUF". A escolha da localização recaiu no Palácio Sassetti – construído por Carlos Augusto Bon de Sousa, visconde de Pernes – junto à Avenida Infante Santo, dada a proximidade com a sede administrativa da "Companhia União Fabril", na Avenida 24 de Julho entre o Cais da Rocha e a zona de Alcântara.
"Hospital da Cuf" e quarto particular em 1947
Neste mesmo ano de 1945 é impresso um álbum comemorativo da responsabilidade de Marques da Costa
Desde já alguns exemplos das actividades deste grupo: Iam desde a banca Banco Totta & Açores passando pelos transportes marítimos Sociedade Geral, Companhia Nacional de Navegação, estaleiros navais da Lisnave e Setenave, indústria química Companhia Industrial Portuguesa, Sonadel , indústria eléctrica como a Efacec , industria de tabacos Tabaqueira, industria alimentar Compal, seguradoras Companhia de Seguros Império Sagres e Universal, transportes aéreos "CTA - Companhia de Transportes Aéreos", etc, etc ....
Lisnave em 1969 Banco Totta & Açores
Loja "CUF - Decoração e Tapeçarias" em 1971, na Praça dos Restauradores no edifício do Cinema Eden
1927 1931
1946 1956
1957 1972
A par desta estratégia económica Alfredo da Silva lança as bases de uma política paternalista, a que chamou Obra Social, com a edificação, no perímetro da fábrica de um Bairro Operário (1908), uma rede de assistência médica, refeitórios, creche, despensa e instalações desportivas. Esta política tinha por objectivo não só ligar o operário cada vez mais à fábrica, mas visava também a pacificação social, numa terra onde as lutas políticas tinham tradição. Este modelo económico perdurou até aos anos 70, do século passado .
Escola D. Manuel de Mello de 1961 Colónia de férias de 1950, em Almoçageme
E já agora o “Grupo Desportivo da CUF” fundado em 1937, que teve uma grande equipe que chegou a militar na 1ª divisão do campeonato nacional durante 22 épocas e que chegou a terminar uma época em 3º lugar (1964/1965). Outro grande clube da cidade do Barreiro foi o "Barreirense" clube também apoiado pela CUF. Grandes jogadores de futebol iniciaram-se na CUF e no Barreirense, sendo grandes «fornecedores» dos «grandes» do futebol português principalmente do Benfica.
Fotos in: Galeria João Martins, O Grupo CUF - Elementos para a sua História, Arquivo Municipal de Lisboa, Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Hemeroteca Digital, Navios e Navegadores, Ordem dos Engenheiros
A prática desportiva dos atletas CUF passou do velho campo de Santa Bárbara (implantado em plena zona industrial) para o belíssimo estádio Alfredo da Silva (inaugurado em 1965) e para um excelente pavilhão multiusos que lhe foi anexado posteriormente. O "Grupo Desportivo da CUF" passou a seguir a 1974 a "Grupo Desportivo da Quimigal" e mais tarde mudou novamente de nome para "Grupo Desportivo Fabril".
A "Companhia União Fabril" (CUF) instalada no Barreiro desde o no ano de 1908, transformou uma adormecida vila de pescadores e corticeiros na única aglomeração industrial de um país de resto desesperadamente agrícola e pobre. No auge da sua actividade, o Grupo CUF incluía mais de 60 empresas e empregava directamente 12 mil pessoas. Durante cem anos, a roda dentada com as três letras da CUF foi em Portugal um símbolo de trabalho, progresso industrial e prosperidade.
Universo da "CUF - Companhia União Fabril", ao longo da sua existência:
Banca e Sociedades Financeiras
SOGEFI – Sociedade de Gestão e Financiamento (1964) International Factors Portugal (1965)
Banco Totta – Standart de Angola (1966)
Banco Standart Totta de Moçambique (1966)
Banco Totta & Açores (1970)
Cobrimpe – Cobranças, Organização e Assistência a Empresas (1972)
SOGESTIL – Sociedade de Gestão de Títulos (Fundo FIDES)
Indústria de Construção
Emaco – Empresa de Gestão e Construções (1964)
Saema – Empreendimentos Financeiros e Comerciais (1964)
Realimo – Estudos e Realizações Imobiliárias (1969)
Fundus – Administração e Participações Financeiras
Imobur
Seguros
Companhia de Seguros Universal (1901)
Sagres - Companhia de Seguros (1917)
Império - Companhia de Seguros (1942)
Transportes Aéreos
CTA - Companhia de Transportes Aéreos (1944)
Engenharia, Estudos e Projectos
Empresa Geral de Fomento, planeamento e coordenação de empresas (1947)
Norma – Sociedade de Estudos para o Desenvolvimento de Empresas (1963)
ENI – Electricidade Naval e Industrial (1969)
Promarinha – Gabinete de Estudos e Projectos (1969)
Penta – Publicidade (1970)
Profabril – Centro de Projectos (ex. centro de projectos C.U.F.)
Sector Químico
Companhia Portuguesa do Cobre (1943)
U.F.A. – União Fabril do Azoto (1948)
Microfabril – Sociedade Industrial de Bioquímica (1961)
Lusofane (1962)
PREVINIL – Empresa Preparadora de Compostos Vinílicos (1969)
Vecom – Sociedade de Limpezas Químicas e Protecções Especiais (1969)
Companhia Industrial Portuguesa
Sector Têxtil
SIGA – Sociedade Industrial de Grossarias de Angola (1951)
Companhia Têxtil do Punguè (1959)
SITENOR – Sociedade de Indústrias Têxteis do Norte (1962)
PROTEXTIL – Promoção da Indústria têxtil (1963)
IPETEX – Sociedade de Indústrias Pesadas Têxteis (1965)
CICOMO – Companhia Industrial de Cordoarias de Moçambique (1966)
FISIPE – Fibras Sintéticas de Portugal (1973)
Sector de Higiene e Alimentação
Floral – Sociedade de Perfumaria e Produtos Químicos (1937)
Sonadel – Sociedade Nacional de Detergentes (1956)
Sovena – Sociedade Vendedora de Glicerinas (1956)
Induve – Industrias Angolanas de Óleos Vegetais (1957)
Sicel – Sociedade Industrial de Cereais (1963)
Compal – Companhia de Conservas Alimentares (adquirida em 1963)
Sovencor – Sociedade Distribuidora de Óleos e Sabões nos Açores (1964)
Sapomar – Sociedade Madeirense de Sabões (1966)
Unisol – Sociedade de Distribuição e Exportação (1967)
Proalimentar – Companhia de Produtos Alimentares do Centro (1968)
Supa – Companhia Portuguesa de Supermercados: Pão de Açúcar (1969)
Restaubar - Bares e Restaurantes (1969)
Uniclar – Internacional de Cosmética (1971)
Gertal – Companhia Geral de Restaurantes e Alimentação (1973)
Restaurantes: Alvalade, Varanda do Chanceler, e Alfredo´s (Alvor)
Sector Metalo-Mecânico
Feruni – Sociedade de Fundição (1969)
Mompor – Companhia Portuguesa de Montagens Industriais (1972)
Equimetal – Empresa Fabril de Equipamentos Metálicos (1973)
Sector Eléctrico
Efacec – Empresa Fabril de Máquinas Eléctricas (1948)
Jomar – cabos eléctricos e telefónicos (adquirida em 1972)
Petroquímica
Sociedade Portuguesa de Petroquímica (em associação com a SACOR) (1957)
Petrosul – Sociedade Portuguesa de Refinação de Petróleos (em associação com a SONAP) (1972)
Companhia Nacional de Petroquímica (1972)
Minas
ECA – Empresa do Cobre de Angola (1944)
Sociedade Mineira de Santiago (1966)
Pirites Alentejanas (1973)
Celuloses
Celuloses do Guadiana (1956)
CELBI – Celulose Beira Industrial (em associação com a Billerud) 1967
Tabaco
A Tabaqueira (1927)
Estaleiros Navais
Estaleiros Navais de Viana do Castelo (1945)
Navalis – Sociedade de Construção e Reparação Naval (1957)
Lisnave – Estaleiros Navais de Lisboa (1961)
Repropel – Sociedade de Reparação de Hélices Lda. (1971)
Gaslimpo – Sociedade de Gasgasificação de Navios (1967)
Setenave – Estaleiros Navais de Setúbal (1971)
H. Parry & Son (adquirido em 1972)
Navegação Marítima
S.G. - Sociedade Geral de Comércio e Indústria de Transportes (1919)
Soponata – Sociedade Portuguesa de Navios-Tanques (1947)
Sonatra – Sociedade Nacional de Tráfego (1953)
Companhia Nacional de Navegação (1956)
Transfrio – Sociedade Marítima de Transportes Frigoríficos (1964)
Transnavi – Sociedade Portuguesa de Navios Cisternas (1967)
Socamar – Sociedade de Cargas e Descargas Marítimas (1969)
Navetur – Agências de Turismo e Transportes de Moçambique (1969)
Socamar – Sociedade de Cargas e Descargas Marítimas (1969)
Navemar – Agência de Navegação Marítima e Aérea (1970)
Samar – Sociedade de Agências Maritimas (1970)
Empresa Africana de Cargas e Descargas (1970)
Navang – Companhia de Navegação Angola (1970)
Companhia Moçambicana de Navegação (1971)
Navetur – Agências de Turismo e Transportes de Angola (1971)
Nortemar - Agência Maritima do Norte Lda. (1971)
Guinémar – Sociedade de Agências e Transportes da Guiné, Lda.
Portufrete - Fretamentos Marítimos e Aéreos, Lda.
Suprema Compañia Naviera S.A. (Panamá)
Transmineira (1970)
Hotelaria e Turismo
Hotal – Sociedade de Indústria Hoteleira do Sul de Portugal (1962)
Salvor – Sociedade de Investimento Hoteleiro (1963)
- Concessão de Jogo (Algarve)
Sointal - Sociedade de Iniciativas Turísticas Algarvias (1971)
- Aluguer de Veículos
Eurocar – Companhia Nacional de Aluguer de Automóveis (1965)
Sarmentauto - Automóveis de Turismo, Lda. (adquirida em 1973)
- Mercado Externo
Interacid inc. ( Sede na Suiça 1971)
Intercuf - Comércio e Representações de Produtos Quimicos Lda. (Sede no Brasil 1973)
Fertisul (Brasil 1973) (accionista de referência)
ICISA (Brasil 1973) (accionista de referência)
Leal Santos (Brasil 1973) (accionista de referência)
Agrofertil (Brasil 1973) (accionista de referência)
D.C.I. - Desenvolvimento e Comércio Internacional (1974)
Sunexport - Sociedade de Comercialização de Produtos Agricolas (1974)
Navelink S.A. - (Sede na Suiça, Janeiro de 1975)
Empresas Diversas
Companhia Animatógrafica dos Restauradores, (Cinema Éden) 1941
UNIFA – União Fabril Farmacêutica (1951)
Editora Arcádia, publicação de livro (1957)
Tinco – Sociedade Fabril de Tintas de Construção (em associação com a ICI) 1958
Isu – Estabelecimentos de Saúde e Assistência (1971)
Blanchard Portuguesa (1974)
Companhia da Ilha do Príncipe
Empresa António Silva Gouvêa
Socajú
Comfabril – Companhia Fabril e Comercial do Ultramar
CPIN – Companhia Portuguesa de Industrias Nucleares (parceria com várias empresas)
Centro informático da CUF / Quimigal no Barreiro (Computador Univac 90/30) em 1983
Alfredo da Silva faleceu, na sua casa de Sintra, em 1942 - no ano em que tinha sido criada a “Companhia de Seguros Império”, para dar cobertura aos riscos do grupo CUF. O funeral contou com a presença de milhares de operários. O empresário viveu e morreu como um industrial. O seu dinamismo contrastava com o ritmo lento de Portugal. Era um homem de decisão rápida e sem medo de arriscar. A sua visão criou um colosso na indústria que marcou definitivamente o País.
Os sucessores da Alfredo da Silva no comando da "CUF - Companhia União Fabril" foram D. Manuel de Mello (1895 - 1966) por ter casado com a única filha de Allfredo da Silva, D. Amélia da Silva (1896 - 1958), e os filhos, homens, deste casal Dr. Jorge de Mello (1922 - 2009) e José Manuel de Mello (1927 - ).
Seguindo o lema do sogro Alfredo da Silva, Manuel de Mello, seus filhos - Jorge de Mello e José Manuel de Mello - e seus descendentes, prosseguiram o caminho, diversificando as actividades da CUF e dando origem a um dos conglomerados nacionais mais poderosos do País: o Grupo Mello. Sem nunca esquecer a velha máxima de Alfredo da Silva: “Os líderes, apesar de naturais, só sobrevivem apoiados.”
Para a elaboração deste artigo foi, também, consultado o blogue: O Grupo CUF - Elementos para a sua História donde foram retirados algumas fotos e elementos históricos, que desde já agradeço.